A imagem peregrina de N. Sra de Fátima

 

As maravilhas das peregrinações mundiais

 

Por Philippe Legrand

 

 

À sua passagem pela América, como pela Europa, África, Índia, Indonésia e Austrália, chovem bênçãos e maravilhas da graça de tal modo que mal podemos crer naquilo que nossos olhos vêem.” (PioXII)[2]

 

Não hesito em qualificar de milagrosa a peregrinação de Nossa Senhora de Fátima, através do mundo, porque, está acompanhada desde o começo e em todo o país, de circunstancias que não tem explicação natural. E não sei se há na história acontecimento comparável.” (Cardeal Cerejeira).[3]

 

Um Precedente:

 

O Grande retorno de Nossa Senhora de Boulogne (1943 - 1948)

 

Em 1938, para comemorar o terceiro centenário da consagração da França à Virgem Maria pelo rei Luis XIII, na cidade de Boulogne, várias reproduções da imagem de Nossa Senhora de Boulogne, foram enviadas em visita a algumas centenas de paróquias do norte da França. Uma delas foi levada a Lourdes, cidade da Imaculada, e aí ficara.

Alguns anos mais tarde, em 28 de março de 1943, os bispos da França consagraram todas as dioceses da França ao Imaculado Coração de Maria, para fazer eco à consagração do mundo, por Pio XII, em 31 de outubro de 1942. Foi então que o padre Ranson S.J. organizou o grande retorno de Nossa Senhora de Boulogne, de Lourdes até o santuário no norte da França. O sucesso foi extraordinário, a tal ponto que rapidamente se decidiu fazer peregrinar quatro imagens idênticas, por caminhos diferentes. As imagens eram recebidas nas cidades e aldeias por multidões de fiéis. Era uma gigantesca missão mariana centrada na conversão pessoal e na consagração ao Imaculado Coração de Maria. O prodigioso percurso durou sessenta meses.

Devemos assinalar a surpresa dos meios da ação católica: “O grande retorno a Reims, dizia o diretor, atingia ambientes que nunca jamais a ação católica tinha atingido. Apresenta-se para nós muitos problemas” - “Há anos, afirmava outro responsável, tentamos apresentar o problema religioso nos meios mais descristianizados. Nossos esforços foram vãos. Nossa Senhora do grande retorno passa e, de modo inacreditável, em alguns dias torna-se o único assunto das conversas, não somente de católicos, mas também entre homens e mulheres que pensávamos estar bem afastados de nossa fé. Todo mundo trabalha, faz guirlandas, arcos de triunfos.”[4]

Manifestamente a Virgem Maria preparava os corações para um projeto ainda mais glorioso.

 

Um projeto iniciado em Berlim, Alemanha

 

Em maio de 1945, quando a guerra terrível enviada por Deus para castigar o mundo acabava, os vigários das paróquias católicas de Berlim tiveram a idéia de conduzir uma imagem da Virgem de região em região, para consolidar a paz recentemente conseguida. Naturalmente pensaram em fazer peregrinar uma imagem daquela que tinha prometido: “Se escutarem meus pedidos, a Rússia se converterá e haverá paz.”(Fátima, 13 de julho de 1917).

Durante dois anos o projeto dos párocos de Berlim passou de repartição em repartição. Finalmente, foi o plano de um jovem religioso belga, padre Demontiez O.M.I., que tomou corpo: em 13 de maio de 1947, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, partiu da Cova da Iria, para ir presidir o Congresso Marial de Maastricht, dos Países Baixos e começou a viagem através das fronteiras da Europa e do mundo inteiro.[5]

Ninguém poderia ter imaginado o formidável movimento de oração, de penitência, de conversões e maravilhas de toda espécie que a Virgem Maria provocaria à sua passagem.

 

As Marés Humanas

 

No começo foram multidões imensas que ficavam à espera de Nossa Senhora. Nada era mais desproporcional aos resultados que os meios de publicidade empregados. Bastava uma palavra do clero e todo o povo de uma cidade, às vezes de uma região inteira, se deslocava para trazer suas homenagens à Rainha da paz.

Desde sua partida da Cova da Iria, os fiéis se apressavam em cercá-la, e as primeiras conversões começavam a acontecer.

Na Espanha contava-se em certas cidades até 100 ou 200 mil fiéis para aclamar a Virgem. Os bispos vinham recebê-la, os chefes políticos das aldeias saldavam-na, o exército apresentava armas. Onde ela passava cinemas e teatros se fechavam e o dia era feriado para que todo mundo pudesse aclamar a Senhora.

A acolhida da França foi mais reservada, o governo chamado da “liberdade” se mostrava irritado por aquela manifestação pouco adequada ao laicismo que tinha vindo ao poder.[6] Contudo, os organizadores conseguiram fazer passar a imagem em certas cidades e ela recebeu uma acolhida calorosa: Hendaye, Bayonne, Lourdes, e daí rapidamente para a fronteira belga.

A Bélgica foi mais entusiástica, de novo foram centenas de milhares de peregrinos que aclamaram a Virgem de cidade em cidade, para chegar finalmente ao Congresso de Maastricht, onde os cardeais e bispos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo beijaram a branca imagem.

Daí a Senhora passou para a Holanda e depois para Luxemburgo. Nesse pequeno país que não contava mais de 250.000 habitantes, houve 100.000 comunhões em honra da Virgem peregrina.

Paris, e novamente a Bélgica, foram as novas etapas, antes do retorno a Portugal.

O mesmo entusiasmo das multidões se deram nos outros “caminhos”. Estados Unidos, Canadá, América do sul[7], África[8], Ásia e Oceania[9].

É preciso notar ainda uma nova peregrinação espanhola em 1948, onde a Virgem reuniu 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) fiéis em Madri[10]. Houve quinze curas milagrosas, durante uma missa celebrada para 13.000 doentes.

Um ponto capital deve ser destacado: essas manifestações não eram a expressão de um simples entusiasmo exterior e superficial. Em toda parte houve confissões, comunhões, Rosários, horas de reparação, consagrações individuais ao Imaculado Coração de Maria.

Ligas de oração, ou de penitências foram fundadas para prolongar a irradiação de sua visita.

Como por ocasião do grande retorno à França, a Virgem Maria realizava apostolado realmente sobrenatural, indicando os meios para de novo re-cristianizar o mundo.

 

O Milagre das Pombas

 

Um dos mais belos adornos da peregrinação mundial, foi certamente o gracioso prodígio das pombas brancas, misteriosamente atraídas pelas imagens benditas de Nossa Senhora de Fátima.

A primeira cidade que viu o fenômeno foi a mais revolucionária de Portugal, Bombarral. Em 28 de novembro de 1946, a peregrinação Portuguesa deixava esta cidade. Na passagem de um arco do triunfo, soltaram-se cinco pombas em honra da Virgem. Mas em vez de irem para os quatro cantos do céu, voltaram e ficaram no cortejo seguindo a peregrinação. Depois pousaram no carro da Virgem, subindo no meio das flores e se aninhando aos pés da imagem de Nossa Senhora. Aí ficaram durante oito dias. As zoadas dos auto-falantes, o órgão, os foguetes, tiros de homenagem, iluminação, nada espantava as aves.

O que mais impressionava as testemunhas era a atitude religiosa daquelas pombinhas. Por exemplo, foram vistas se voltarem para o púlpito na hora do sermão, colocarem-se umas à direita, outras à esquerda do Ostensório na exposição do Santíssimo Sacramento. Em Lisboa, em 6 de dezembro, durante a missa solene, uma das pombas, foi ficar em cima da coroa da Virgem, e aí ficou com as asas abertas viradas para o altar o tempo todo que durou as 3 mil comunhões.

O fenômeno das pombas se manifestou também durante a peregrinação mundial: no Congresso Mariano de Madri (1948) e em muitas dioceses da Espanha, na França[11], em diversos países da África[12], nas peregrinações da América do Sul, (sobretudo na Colômbia, em 1950).

Citemos aqui um fato impressionante que se realizou na capital francesa, Paris, em 8 de dezembro de 1952. Uma grande reunião de informações sobre o Exército Azul tinha sido organizada no Parque de Exposições para lançar o movimento na França. Hamish Fraser (1913-1986) devia tomar a palavra na presença de Monsenhor Rupe, bispo auxiliar de Paris. O orador fora comissário nas brigadas comunistas durante a guerra na Espanha. Foi ele quem comandou o pelotão que, depois de um simulacro de julgamento, condenou Cristo Rei à morte e fuzilou sua imagem numa praça de Madri[13]. Pois ele tinha se convertido ao catolicismo e se tornado um ardoroso apóstolo das mensagens de Fátima.

No momento em que ia começar a falar, uma pomba desceu do alto da sala fez um giro em cima do estrado, pousou sobre a sua cabeça, enquanto ele se levantava. Ficou aí uns 12 minutos, apesar dos flashs das máquinas fotográficas. Ora, eis as palavras que Hamish Fraser tinha resolvido dizer na Conferência: “Sei que a oração pode converter os comunistas. Sei que a oração pode converter a  Rússia. Que a Rússia se converta ou não, que haja uma terceira guerra mundial ou não, que a Igreja de Jesus Cristo volte as catacumbas ou não, isto depende de uma resposta a uma pergunta: “Estamos preparados para fazer o que nos pediu a Mãe de Deus pessoalmente?” Se respondermos a esta pergunta dizendo sim, a Rússia se converterá e haverá paz e poderemos olhar o futuro de frente. Se hoje o Corpo Místico de Jesus Cristo está crucificado, não são os comunistas os principais responsáveis, pois os soldados de Stalin que estão a beira de enfiar os cravos na carne do Corpo Místico da Igreja não são os agentes do Kremlin, mas de nossa apatia, de nossa letargia, nossa falta de lealdade e de coragem. Assim que nós, católicos, começarmos a aceitar plenamente nossas responsabilidades, o comunismo se tornará tão ineficaz, quanto a heresia ariana. Na minha fraca e humilde opinião, Fátima é o acontecimento mais significativo do século, talvez o mais significativo da história, do protestantismo para cá”[14].

Enviando uma de suas brancas pombas para ficar na cabeça do orador, a Virgem de Fátima estava aprovando o magnífico discurso que ele ia pronunciar.

 

Nossa Senhora Missionária

 

É preciso falar agora da atração dos não católicos pela Virgem de Fátima. Em 1986, em Assis, e nas outras cerimônias semelhantes que se seguiram, as autoridades da igreja convidaram as falsas religiões a praticarem seus cultos em público para pedir pela paz do mundo, violando e desrespeitando o 1º mandamento da lei de Deus: “adorarás a um só Deus.”

Durante a peregrinação mundial, ao contrário, Nossa Senhora de Fátima chamou os não católicos, não para praticarem os seus cultos aos seus deuses, mas, para se voltar a Ela, única medianeira junto ao único mediador, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em Patna, na Índia, o governador da província, brâmane,[15] entrou na Igreja e rezou diante da imagem da Virgem.

Numerosos países da Ásia, da África e da Oceania, governadores e prefeitos, pagãos e protestantes, autorizaram e facilitaram procissões que muitas vezes faziam pela primeira vez naquela cidade onde os católicos são uma pequena minoria. Dirigiam a Nossa Senhora homenagens e a oração oficial de seus administrados.

Na África do Sul, todas as raças e religiões se juntaram na hora das procissões mariais. Em Untata, uma delegação de anglicanos veio solicitar ao bispo que fizesse parar a procissão diante da catedral deles. A autorização não foi dada, para não dar apoio à religião falsa, mas conseguiram que o cortejo passasse pela frente. No momento em que a procissão passou, eles abriram as portas da catedral e assistiram a passagem da Virgem, unindo-se aos cantos e orações, seguindo o cortejo com flâmulas nas mãos.

 

Dois casos particulares: os mulçumanos e os protestantes.

 

A acolhida triunfal dos mulçumanos.

 

A Virgem Maria exercia uma atração especial sobre os mulçumanos. Do Marrocos espanhol ao Cairo, a branca imagem foi objeto de toda espécie de homenagem. Os corais mulçumanos pediam favores em seguir as procissões; os imans ensinaram os seus cânticos aos cristãos da cidade sem missionário, arcos de triunfo foram erguidos diante das mesquitas adornadas.

No Moçambique o fervor mulçumano foi tal que houve numerosas conversões ao catolicismo. Na cidade de Têtê, os maometanos que normalmente nunca descobrem a cabeça, aceitaram tirar o turbante para poder assistir a missa.

Na Etiópia, em Addis-Abeba nada se tinha previsto para receber Nossa Senhora e os prudentes tinham mesmo aconselhado a não irem àquele país mulçumano. Foi um triunfo inaudito e o Nêgus, o chefe do país em pessoa, fez homenagem à Virgem. Mas o país mulçumano onde houve mais fervor à Rainha da Paz foi certamente no Paquistão. A Virgem foi escoltada por elefantes e milhares de mulçumanos seguiram a procissão.[16] Pode-se perguntar se aparecendo em 1917 numa localidade que tem um nome árabe, Fátima, a Mãe de Deus não quis atrair para Ela os olhares dos povos mulçumanos.[17] A situação geográfica da Rússia e sua influência sobre os países maometanos, leva de fato a pensar que a conversão da Rússia levará à conversão dos mulçumanos.

 

Conversão dos Protestantes

 

Nos Estados Unidos, os protestantes se precipitaram em multidões para junto da imagem de Nossa Senhora.[18] Assim na cidade de Buffalo (estado de New York) que não contava senão algumas dezenas de milhares de católicos, mais de 200 mil pessoas vieram venerar a imagem, “a maior reunião da cidade”, segundo a nota de um relatório policial.

Em Flora, no Illinois, um proprietário protestante de um jornal local organizou um altar diante de seu escritório para aí entronizar Nossa Senhora e fez pregar o dia todo aos transeuntes a mensagem de Fátima, episódio imprevisto nesta cidade que só contava na época 200 católicos.

Para satisfazer a curiosidade americana, o grande magazine Life, numa tiragem de 8 milhões de exemplares, que era considerado o bastião inexpugnável do protestantismo, publicou sobre Fátima, a 3 de janeiro de 1949, um artigo muitíssimo exato com numerosas fotografias, tal que nenhum jornal católico Francês jamais publicou.

Lá também, a passagem da Virgem de Fátima através da América do Norte, não foi um simples fogo de palha sem amanhã, mas despertou obras duráveis. Citemos:

- o terço diário recitado na rádio por Mons. Legêr, bispo de Montreal, seguido por um milhão de ouvintes.

- “A Hora do Rosário”, organizada pelo Padre Peyton e retransmitida todas as sextas-feiras para a maior parte das cadeias de rádios norte americanas.

- “A Sociedade da Reparação”, fundada pelo Padre Ryan S.J. de Baltimore;

- O “Exército Azul” fundado pelo Padre Colgan e John Haffert, cuja finalidade era despertar um movimento de oração e penitência em favor da conversão da Rússia.

Grande movimento de conversão se realizou então nos Estados Unidos. O cônego Barthas escreveu:

“Como não atribuir a Nossa Senhora de Fátima as milhares de conversões de comunistas e protestantes, obtidas pelo seu grande apóstolo nos Estados Unidos Mons. Fulton Sheen (1895-1979)? Também tantas conversões de comunistas influentes nos países Anglo Saxônicos, principalmente, sobretudo quando eles, tais Douglas Hyde ou Hamish Fraser, declaram haver sua volta ao catolicismo à intercessão de Nossa Senhora de Fátima?[19]

É verdade esta aproximação dos heterodoxos para junto de Nossa Senhora de Fátima não era ainda o retorno dos povos ao único rebanho, não era a hora, pois a Rússia ainda não tinha sido consagrada ao Imaculado Coração de Maria. Mas era uma pré-figura.

 

Conclusão

 

A Virgem de Fátima restauradora de Portugal não manifestou somente seu poder neste país, quis também mostrá-lo no mundo inteiro pelas maravilhas que acompanharam suas peregrinações de país em país. Era um insistente convite a realizar seus pedidos sem demora. Nunca aliás um acontecimento tão espetacular como esta peregrinação especial se tinha visto em toda a história da Igreja, manifestando a importância maior das aparições de Fátima.

Seria desejável que as mais altas autoridades da Igreja prestassem atenção a isto. João XXIII não deu nenhuma atenção a Fátima. Quando a Virgem peregrina de Fátima chegou a Roma em setembro de 1959, acolhida pelo prefeito de Roma e por uma multidão imensa, não somente o papa não se mexeu, mas não pronunciou uma só palavra de boas vindas a Nossa Senhora que visitava a sua diocese. Chegara, contudo, Ela, de um périplo triunfal pela Itália durante o qual os bispos tinham solenemente consagrado o país ao Imaculado Coração de Maria.[20] Contudo a peregrinação mundial e a aproximação do ano de 1960, em que devia ser revelado o 3º segredo de Fátima, suscitava interesse do mundo inteiro e um fervor mariano crescente. Tudo foi estancado, parado, claramente, quando João XXIII se recusou a revelar o 3º segredo. O Concílio Vaticano II e os Papas que o aplicaram se entregaram então a uma política ecumênica radicalmente contrária à mensagem de Nossa Senhora e conduzindo-o para a apostasia. É perigoso repelir os planos do Céu. Mas as promessas da Virgem continuam: “Nunca será tarde demais para recorrer a Jesus e a Maria”.[21]

 

Traduzido da revista Le Sel de la Terre, nº 53, pág. 157

 

 

Volta ao índice

  


[1] Ver a Contra-Reforma Católica, nº 223, janeiro de 1987, pág 33-34.

[2] Pio XII, “Rádio-mensagem aos peregrinos de Fátima”, 13 de outubro de 1951, documentos Pontifícios da Santa Sé . Pio XII, São Mauro, Editora Santo Agostinho 1954, pág. 415.

[3] Cardeal Cerejeira, Patriarca de Lisboa, prefácio do Cônego Barthas, Fátima e os destinos do mundo, Toulouse, Editora Fátima, 1955 pág.9

Do mesmo autor: Fátima, a maravilha do século XX, Toulouse, editora Fátima, 1952, pág.273-278; e “As Pombas da Virgem, Fiorete de Fátima”, Montsurs, Toulouse, editora Résiac/Fátima 1985 – Ver também Frei Miguel da Santíssima Trindade “Toda a verdade sobre Fátima” – 1985, t3, pág. 73-83, 142-144, 166-168.

[4] Frère Michel de la Ste Trinité,  Toda a verdade sobre Fátima, t.3, pág. 56-61.

[5] Em 1946 havia já uma viagem triunfal da imagem de Nossa Senhora de Fátima através de Portugal para comemorar o 3º centenário da proclamação da Virgem da Conceição como padroeira de Portugal pelo Rei D. João IV. (20 de outubro de 1646 no pre).

[6] Mas os homens não podem colocar obstáculos aos planos do céu. A imagem tinha sido recusada, Nossa Senhora virá em pessoa a L`Ille Bouchard em dezembro seguinte para impedir os comunistas de se apoderarem da França.

[7] Na Colômbia, Nossa Senhora realizou os prodígios mais extraordinários, por exemplo: arco-íris claros em um céu limpo durante missas ao ar livre. Em Cali jornais reproduziram as fotografias.

[8] A Virgem visitou o Cabo Verde, a Guiné portuguesa, os Açores, Angola, Moçambique, África do Sul, onde reuniu mais gente que o rei da Inglaterra. A Rodésia, o Quênia, o Zanzibar, Tanzânia, Uganda, a Abissínia, a Aritréia, o Sudão e o Egito.

[9] A Virgem visitou a Índia (Bombaim, Gov, Trichur, a Costa do Malabar, Maduré ), o Paquistão, (onde todas as cidades disputaram a honra de recebê-la). Ceilão, Tailândia, a Birmânia, Singapura, Malásia, Vietnan (onde sua passagem marcou uma parada brutal do Viet-Minh comunista especialmente após uma procissão no front de batalha), A Austrália, o Timor, e a Papuásia.

[10] Naquele tempo Madri tinha 800 mil fiéis.

[11] Isto aconteceu duas vezes na diocese de Perpignan. Em julho de 1950, os jornais locais narraram o fato e publicaram fotografias.

[12] Assim no Aeroporto de Addis-Abbeba na Etiópia qual não foi o espanto das autoridades religiosas e da multidão quando viram o avião que trazia Nossa Senhora chegar à pista cercado de brancas pombas que voavam ao redor.

[13] Ver o cônego Barthas, (Fátima e os destinos do mundo, ibid, pág. 113

[14] Citado pelo cônego Barthas, da edição de 1957 de Fátima e os destinos do mundo pág. 119-121

[15] Membro da casta sacerdotal, a primeira das castas hindus.

[16] A não ser pela chegada do avião de Nossa Senhora ao aeroporto de Addis-Abeba, o milagre das pombas não se reproduziu em nenhum país mulçumano. A Virgem mostrava claramente que não podia se considerar em casa nesses países afastados de seu Filho; porém em Addis-Abeba foi uma exceção.

[17] Fátima, de fato é um nome de uma jovem princesa mulçumana capturada por um cruzado e que se converteu. Ela foi sepultada na localidade que tem o seu nome.

[18] Esse fato merece ser comparado com a ilusão ecumênica conciliar, que para se aproximar dos protestantes fazem o contrário fazendo culto a Nossa Senhora. Ver o Pe. Berto, Cartas do concílio. Pe Estevão Abraão“A Santíssima Virgem e o Vaticano II em Le Sel de la Terre nº 45. Ver também “A Santíssima Virgem e o ecumenismo” em Le  Sel de la Terre n º6 que mostra nas diversas aparições como Nossa Senhora concebe o ecumenismo com os protestantes: convertê-los ao catolicismo.

[19] Cônego Barthas, “da gruta à azinheira”. Paris, Fayard 1960 pág. 194

[20] Ver Frère Michel de la Ste Trinité, ibid,pág. 374-379;

[21] Cartas da irmã Lúcia a D. José da Silva, bispo de Leiria-Fátima, citado pelo padre Alonso em “Maria sob o símbolo do Coração, contribuição de seis especialistas pelo culto de Fátima, Paris, Tequi 1973 pág. 43.

 

 

Volta ao índice