A Triste História de Jônatas Macabeu
Todos conhecem os Macabeus. Essa família de Israel que foge para os montes quando o rei Antíoco Epífanes invade Jerusalém, entra no santuário do Templo, toma o altar de ouro e tudo o que era sagrado, além de ordenar a cessação do culto verdadeiro e a instituição de um culto idolátrico, que não fizesse sacrifícios e ofertas em expiação dos pecados. Tudo isso é muito semelhante ao que hoje acontece na Igreja com o modernismo e a Missa nova, e foi revelado nas Sagradas Escrituras para que nós soubéssemos como nos defender dos nossos inimigos.
Os Macabeus fugiram e organizaram a guerra contra o invasor. Conseguiram reconquistar Jerusalém, destruir o altar profanado e reedificar um altar novo conforme a lei de Deus.
Depois da morte heróica de Judas Macabeu, seu irmão Jônatas governou os judeus, além de ser o Sumo Sacerdote. Depois de muitas batalhas e guerras, conseguiu devolver a paz a Israel e fez muitas alianças com os povos vizinhos. Foi numa dessas alianças que o grande guerreiro não percebeu a malícia dos seus adversários.
É assim que devemos estar muito atentos quando os inimigos da Igreja, infiltrados dentro dela, nos oferecem alianças e acordos.
Eis como nos é narrada esta história, no Primeiro Livro dos Macabeus, Cap. 12, 39 a 54
«Mas
Trifão, tendo resolvido fazer-se rei da Ásia, e tomar o diadema, e matar o rei
Antíoco, temendo que Jônatas lho impedisse e lhe declarasse guerra, buscava
meios de se apoderar dele, e de o matar. E, levantando o seu acampamento, foi
para Betsã. E Jônatas marchou ao seu encontro com quarenta mil homens
escolhidos para lhe dar batalha, e avançou até Betsã. E, quando Trifão viu
que Jônatas tinha chegado com um grande
exército para o combater, ficou cheio de medo; e recebeu-o com grande honra,
e recomendou-o a todos os seus amigos, e fez-lhe presentes, e mandou a todo
o seu exército que lhe obedecesse, como a ele mesmo. Depois disse a Jônatas:
Por que fatigaste tu inutilmente todo este povo, quando nós não temos guerra
um com o outro? Manda-os, pois,
agora para suas casas, e escolhe entre eles alguns que fiquem contigo, e vem
comigo para Ptolemaida, que eu ta entregarei com as outras fortalezas, e com as
tropas, e com todos os que têm a intendência dos negócios, e depois eu me
retirarei; porque para isto é que eu vim. E Jônatas acreditou nele, e fez o
que lhe disse; e despediu as suas tropas, as quais voltaram para a terra de Judá.
E reteve consigo (somente)
três mil homens, dos quais mandou (ainda) dois mil para a Galiléia, e
mil acompanharam-no. Mas, logo que Jônatas entrou em Ptolemaida, os
ptolemenses fecharam as portas da cidade e prenderam-no, e passaram ao fio da
espada todos os que tinham entrado com ele.
E Trifão enviou as suas
tropas e a cavalaria para a Galiléia e para a grande planície, a fim de
matarem todos os companheiros de Jônatas. Mas estes, tendo sabido que Jônatas
tinha sido preso, e tinha perecido com todos os que com ele estavam, uns aos
outros se animaram, e saíram dispostos a combater. Os que os tinham perseguido,
porém, vendo-os resolvidos a vender bem caro as suas vidas, tornaram para trás;
e assim eles voltaram todos em paz para a terra de Judá; e choraram muito a Jônatas,
e aos que o tinham acompanhado, e Israel tomou pesado luto. Então todos os
povos que estavam ao redor deles procuraram perdê-los; porque diziam: Não têm
chefe nem pessoa que os auxilie; ataquemo-los pois agora, e apaguemos o seu nome
da memória dos homens.»